Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência. Chico Xavier

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eu sempre quis ser mãe..

Sempre. Toda vida era aquela que ainda criança cuidava das outras crianças, hipnotizava bebês e a única certeza que eu tinha na vida é que ia ser mãe. Ser mãe me pertence. É meu. Nem lembro como eu era antes disso…(É aí que entra a parte da mentirinha…) Claro que eu lembro! Lembro quanto eu dormia, quanto eu saía sem deixar rastros, quanto dinheiro não tinha que ter na minha conta e quantas coisas eu podia comer quando ainda estavam quentes. Engravidei com 18, mas grávida não é mãe, não vale. Virei mãe aos 19 anos. Levei 2 horas pra parir, de uma cesaria de emergencia por pré eclanpicia,e levei mais um mês pra poder estar junto do meu filhote.E desde então, desde que a criaturinha chegou da maternidade em casa e ocupou meu quarto, eu não fui mais eu. Ou eu comecei a ser eu? Dormir virou artigo de luxo. Ir ao banheiro em paz, o bônus do milênio! Vesga de sono, as paredes pareciam ter mudado de lugar. As visitas não paravam de brotar. E aquele encantamento de quando estava grávida mudou assim que o conteúdo da barriga passou pros braços: se alguém me dava um oi antes de sair grunhindo “óooon, que liiindo, deixa eu pegaaaar?” eu já tava no lucro! E aí quando alguém lembra de conversar com você, sempre surge aquela perguntinha poética: afinal, o que é ser mãe? As mães dão as mais lindas e variadas respostas, mas ninguém conta como é trabalhar 25 horas por dia em nome de um alguém que invariavelmente vai te dar trabalho pro resto da vida. Trabalho físico, mental e emocional, cuidar de tudo, arrancar folhas de Ficus de dentro da goela, imaginar tragédias nas horas vagas são alguns dos trabalhos dessa profissão encantadora. E se alguém quiser pedir pizza pra simplificar, acredite: você sempre vai comer ela fria! Mas, incrivelmente, tirando o que é ruim…é muito bom! E aquele amor que ninguém consegue explicar? Aquele sentimento que rasga a garganta, que dói de verdade de tanto que estufa o coração? Aquela saudade de quando a coisinha tá dormindo, meia horinha que seja.. A enorme vontade de ser uma pessoa melhor. Uma mãe sã, uma filha melhor, uma amiga mais amiga…de cuidar do mundo, de querer poder dar pro filho tudo o que tiver de mais bonito na vida. A gente esquece dos primeiros parágrafos rapidinho. Mesmo.
Então um brinde a nossa loucura, porque se for mãe, não for louca e nem comer pizza fria…DESCONFIE!

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